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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Não aposto no oposto

Dizem que os opostos se atraem. Eu nunca achei isso. Não mesmo.
Em particular, uma das coisas que eu mais admiro em mim é o meu bom e velho gosto 
musical, que vai de jamiroquai a talking heads, da bossa nova ao rock'n roll. Banal?
Pode ser, mas o contragosto não está nem perto de me atrair. Somos apaixonados 
pela imagem, isso é fato consumado, mas no meu caso tem um Q à mais, um Q de bom gosto,
de tristeza e alegria, ambos juntos e misturados. 
Como gostar de alguém é tão particular e peculiar, tão relativo! Relação desconjunta, 
conjunto inacabado. Amar faz bem, mas como diz Cazuza "é o ridículo da vida", é como 
oscilar entre céu e inferno. Psicodelia sem psicose ou só psicose e falta de psicodélia. 
Será que alguém sabe realmente o que é amor? Ou foi algo inventado para fortalecer esse ser 
fraco e frágil que é o ser humano? Igual a história da sorte.
Salve- se quem puder. Mas eu aposto no meu espelho.
O amor não vai me fazer chorar, nunca mais!
Agora vai lá e pega um bom vinho tinto e volta com o David Bowie....
golden years....lálálá....

domingo, 4 de abril de 2010

Saudade

Sinto saudade,
ou é a saudade que me sente?
Sinto saudade do cheiro de chuva na roça,
do sorvete de pistache com nutela,
da sobrinha- flor,
do abraço do Tilipe,
da risada da Ana,
do cafuné da Zezé,
da comida da Tatami,
dos sustos do Rantaine,
do colo da minha avò paterna,
do meu quarto,
do livro "Água para elefantes",
de tocar guitar hero imaginário na leitura com a Karine,
da inteligência do Lucas,
da rede da casa do meu avô materno,
do Danado,
da Gabiiiiiiii,
das palhaçadas do Betão,
do mousse de atum da Patrícia,
da Mari do Soma
do ombro amigo do Alê,
do Fred se vestindo de mulher,
do carnaval de 2009,
do Davi,
do sorriso do Brunex...
saudade dói, passa e volta. Faz chorar e rir, mais rir do que chorar ou os dois juntos!